SEM TÍTULO é um laboratório que levanta questões acerca dos comportamentos adquiridos no processo de socialização dos seres humanos, bem como dos impulsos de reação dele decorrentes. Procuraremos desvendar e transformar estes impulsos e comportamentos em muitas outras possibilidades de viver em colectivo, abrindo horizontes de possibilidade sem excluir o potencial da individualidade e da solidão.
Durante cinco dias iremos ao encontro da Vânia Rovisco. A cada dia uma nova troca, uma nova experiência, uma nova partilha – sem títulos nem acabamentos forçados. Não iremos construir nada, procurando erradicar as ideias de utilidade e de eficácia das nossas diversas práticas e repor as ideias de tempo e de encontro.
Durante cinco dias iremos ao encontro da Vânia Rovisco, instalando-nos num parêntesis roubado ao tempo cronológico, entre a sombra do estúdio e a sombra das árvores. Iremos mergulhar num processo criativo no qual a massa do corpo (o nosso corpo) será o ponto de partida, e a carne (a nossa carne) nos apontará os sentidos.
Durante cinco dias iremos ao encontro da Vânia Rovisco, participando da sua prática de pesquisa para uma nova criação, “Sem título de ninguém/ No title of nobody”. E mergulharemos numa possibilidade de trabalho que não divide corpo, conversa, dança e reflexão.
Vânia Rovisco, define-se desde 2008 como artista visual performativa, inserindo o corpo na galeria de arte, onde expande o seu trabalho para outros médiuns – instalações ao vivo, luz, vídeo. Entre 2001 e 2007 foi intérprete da coreógrafa Meg Stuart/Damaged Goods. Dá workshops, faz direção de movimento e continua a trabalhar como intérprete. Entre 2012 e 2015 colaborou em termos curatoriais com o Museu Arpad Szenes Vieira da Silva. Em 2013 estreou o solo The Archaic, Looking Out, The Night Knight e em 2014 encenou Silos de carros e estradas giratóriaspara 10 homens. É co-fundadora de plataforma artística Aktuelle Arquitektur der Kultur –AADK, e o seu mais recente projecto Reacting to Time – portugueses na performance lida com o arquivo e transmissão de obras a partir de finais dos anos 60. Foi convidada para fazer a curadoria e direção do curso do Fórum Dança – PACAP 3 – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas. Atualmente dedica-se a instigar um novo projecto do AADK Portugal com espaço próprio para os mais variados eventos e dinâmicas artísticas e não só.