na prática escola de verão
Lígia Soares
Lígia Soares

Coreógrafa e dramaturga portuguesa residente em Lisboa. Estudou dança, mas desde 1999 o seu trabalho transita entre as disciplinas da dança, teatro e performance. O seu trabalho tem sido apresentado nacional e internacionalmente (Portugal, Brasil, Alemanha, França, Noruega, Holanda, Bélgica, Sérvia, Croácia, entre outros). Entre 2001 e 2014 foi diretora artística de Máquina Agradável. Desenvolveu também vários contextos de programação com outros artistas como o Demimonde, ou o Face-a-Face. Na sequência de trabalhos como “Romance” (2015), “O Ato da Primavera” (2017), “Turning Backs” (2016), “Jogo de Lençóis” (2019) prossegue uma pesquisa em dispositivos cénicos inclusivos da presença do espectador como elemento constituinte da dramaturgia do espetáculo, incorporando ou substituindo o próprio papel de performer. É mentora em diversos programas de escrita para cena e colabora regularmente como dramaturga em projetos de dança e teatro. As peças “Romance”, “Cinderela”, “Civilização”, “Memorial” e “A Minha Vitória Como Ginasta de Alta Competição” estão editadas pela Douda Correria. Recebeu a bolsa de criação artística e literária da DGLAB em 2020.

Henrique Frazão
Henrique Frazão

Henrique Frazão é um artista e ativista climático português.
O medo da amnésia levou-o, desde cedo, a querer registar e guardar muito daquilo que via, aprendia, pensava e sentia. Nesse sentido a fotografia foi tendo um papel cada vez mais importante, sendo encarada como um meio para imortalizar conceitos.
Desenvolve desde 2017 uma cápsula do tempo onde pretende arquivar, de forma exaustiva, imagens registadas sequencialmente. O embate com os dados da ciência climática, em 2018, fez com que passasse a encarar este projeto como uma urgência ainda maior. Nos últimos anos tem preparado um ambicioso projeto chamado Voyager Ø, que foi lançado no Burning Man 2023.
O mundo, tal como o conhecemos, desaparecerá em poucas décadas.
Que reste alguma memória.

Maria Jerez
Maria Jerez

(1978). O seu trabalho transita “entre” a coreografia, o cinema e as artes plásticas. Desde 2004, realiza peças que exploram a relação com o espectador enquanto espaço em que os modos de representação são postos em crise. De “O Caso do Espectador” às suas peças mais recentes, esta relação tem-se alterado, de um lugar de “compreensão” das convenções teatrais e cinematográficas, ou seja, da perícia, para a perda intencional de referências onde o artista, a peça e o espectador se comportam uns com os outros como estranhos. María combina a produção de seu trabalho artístico com projetos educacionais, curatoriais e editoriais.

Quim Pujol
Quim Pujol

(1978) trabalha entre a poesia e as artes vivas. As suas últimas peças são “The Message From Other Worlds” (2021) e “Variedade de variedades” (2022). Participou em exposições como “Interval. Sound Actions”, na Fundació Antoni Tàpies ou “Visceral Blue”, em La Capella. Editou, com Ixiar Rozas, o volume relacionado com a teoria do afeto “Ejercicios de ocupación” (Ediciones Polígrafa, 2015). Foi também curador do programa de artes experimentais Mercat de les Flors (2011-2015) e das Picnic Sessions do CA2M (2023).

Volmir Cordeiro
Volmir Cordeiro

Volmir Cordeiro (Brasil, 1987) é doutor em dança pela Universidade Paris 8 (France) com a tese Où le marginal danse: retours sur six pièces chorégraphiques (bolsista Capes). Em 2011 muda para a França para realizar estudos coreográficos no Mestrado Essais – Centre National de Danse Contemporaine d’Angers (direção Emmanuelle Huynh). Artista-pesquisador, trabalhou como intérprete com os coreógrafos Alejandro Ahmed, Lia Rodrigues, Cristina Moura, Xavier Le Roy, Laurent Pichaud & Rémy Héritier, Emmanuelle Huynh, Jocelyn Cottencin, Vera Mantero, Nadia Laura & Zeena Parkins e Latifa Lâabissi. A partir de 2012 começa a realizar seus próprios projetos como coreógrafo, apresentando suas peças em diversos festivais internacionais. Volmir Cordeiro foi artista associado durante o ano de 2015 na Ménagerie de Verre, em Paris, e a partir de 2017 é artista associado ao Centre National de la Danse (CND) à Pantin. No ano de 2018 foi artista-pesquisador associado aos Ateliers Médicis, em Clichy-sous-bois (França). Ensina regularmente em escolas de formação coreográfica como no Mestrado Exerce – Montpellier, França e Mestrado Drama – Gent, Bélgica.

Alessandro Sciarroni
Alessandro Sciarroni

Alessandro Sciarroni é um criador italiano activo nas artes performativas, artes visuais e pesquisa teatral. Tem apresentado os seus trabalhos em festivais de dança e teatro, museus, galerias e espaços não convencionais, em instituições e eventos de relevo em todo o mundo, de entre os quais se destacam Biennale de la Danse de Lyon, Kunstenfestivaldesarts (Bruxelas), Impulstanz (Viena), Festival d’Automne, Centquatre e Centre Pompidou (Paris), Festival TBA (Portland), Biennale di Venezia, The Walker Art Center (Minneapolis) ou Museo MAXXI (Roma).
O seu trabalho ultrapassa as definições de género — usa a estrutura teatral, mas pode recorrer a técnicas e experiências da dança, do circo ou do desporto, envolvendo regularmente profissionais de diferentes disciplinas. Além do rigor, coerência e clareza, procura descobrir obsessões, medos e fragilidades do acto de interpretar, através da repetição de uma prática até aos limites da resistência física dos intérpretes, considerando uma dimensão diferenciada de tempo e uma relação empática entre o público e os artistas.

Vânia Rovisco
Vânia Rovisco

Vânia Rovisco, define-se desde 2008 como artista visual performativa, inserindo o corpo na galeria de arte, onde expande o seu trabalho para outros médiuns – instalações ao vivo, luz, vídeo. Entre 2001 e 2007 foi intérprete da coreógrafa Meg Stuart/Damaged Goods. Dá workshops, faz direção de movimento e continua a trabalhar como intérprete. Entre 2012 e 2015 colaborou em termos curatoriais com o Museu Arpad Szenes Vieira da Silva. Em 2013 estreou o solo The Archaic, Looking Out, The Night Knight e em 2014 encenou Silos de carros e estradas giratóriaspara 10 homens. É co-fundadora de plataforma artística Aktuelle Arquitektur der Kultur –AADK, e o seu mais recente projecto Reacting to Time – portugueses na performance lida com o arquivo e transmissão de obras a partir de finais dos anos 60. Foi convidada para fazer a curadoria e direção do curso do Fórum Dança – PACAP 3 – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas. Atualmente dedica-se a instigar um novo projecto do AADK Portugal com espaço próprio para os mais variados eventos e dinâmicas artísticas e não só.